Texto de publicado pelo Adailton Oliveira Rebouças, Botonista da Bahia, no grupo Mercadão do WhatsApp, fielmente copiado e colado aqui, em publicação devidamente autorizada pelo próprio.
Pessoal, bom dia!
Às vezes me pergunto quantas histórias cabem dentro de uma coleção…
Sinceramente, nem eu sei ao certo quantos times possuo hoje. Durante a pandemia, o HD externo onde eu guardava todo o catálogo da minha coleção apresentou problemas, e muitos registros se perderam , mas nunca as lembranças.
Naquela época, eram cerca de 1.100 times.
Essa coleção nasceu lá atrás, nos anos 80, quando o futebol de mesa era pura paixão e a gente ainda jogava com a unha, cheio de entusiasmo, amizade e espírito esportivo.
Hoje, acredito que já sejam mais de 1.300 times, cada um guardando uma história, uma emoção, um pedacinho do tempo.
Em breve, pretendo recatalogar tudo, não apenas para contar quantos times existem, mas para reviver cada lembrança, cada partida e cada amigo que o futebol de mesa me trouxe.
Porque mais do que uma coleção, isso é parte da minha vida e da nossa história sobre amor, dedicação e eternas paixões.
Pra quem começou jogando no chão de casa, em estrelão e outras superfícies improvisadas, em condições precárias, com times feitos com botões de agasalhos e tampas de garrafas, a caminhada foi longa.
Logo depois, passei a confeccionar meus próprios botões , derretendo garrafas plásticas, moldando e depois ralando no asfalto ou no cimento para dar acabamento.
Já nos anos 2000, adquiri dois tornos e comecei a desenvolver meus próprios projetos com mais precisão e criatividade.
Com o tempo, uma fratura e alguns problemas de saúde me afastaram um pouco da produção, mas a paixão nunca se apagou.
Hoje vejo com admiração como os fabricantes evoluíram na qualidade dos materiais, nas dimensões e no aspecto visual dos times.
E é por isso que, sempre que posso, gosto de tirar um projeto do papel e ver um novo time nascer.
Seguimos em frente… sempre caminhando com o mesmo amor pelo futebol de mesa.
Não posso deixar de citar pessoas que marcaram essa caminhada, como o amigo-irmão Antônio Bury, que em 1978 me presenteou com o primeiro time oficial, o Botafogo do Rio de Janeiro, que guardo com muito carinho até hoje.
Também quero registrar meu reconhecimento a tantos fabricantes e artesãos que, com talento e dedicação, iniciaram e mantêm viva essa arte: José Aurélio, Milton Silva, Sinho, José Sturaro, Antônio Oliveira, Anselmo, Nivaldo, Piruka, Walter (RN), Lage (MG), Walter Ferreira, Lofrano, Onaldo e tantos outros que me fogem da memória, mas jamais do coração.
Hoje admiro como o botões evoluíram em qualidade, beleza e dimensões .
Minha coleção, iniciada nos anos 80, já ultrapassa 1.300 times, cada um com sua marca, fabricante, história e lembrança.
Mais que uma coleção, é uma vida inteira dedicada ao futebol de mesa, feita de amor, amizade e emoção.
Os times mais recentes, Jéssica Rebouças Futebol de Mesa
Os times mais recentes da minha coleção têm um significado muito especial — eles vão marcar profundamente a minha caminhada de vida no futebol de mesa.
Essa nova paixão nasceu de um projeto criado após o falecimento da minha querida filha, Jéssica, em janeiro de 2025.
Em sua memória, idealizei o Jéssica Rebouças Futebol de Mesa, um tributo que une o brilho da luz, o amor entre nós e as cores que ela mais gostava.
Em uma carta deixada por ela, escreveu que estava partindo em paz, e pediu que eu sempre me lembrasse dela fechando os olhos e a levando no coração.
Essas palavras se tornaram minha inspiração e minha força — e é por isso que cada botão, cada time e cada detalhe desse projeto carrega um pedacinho do amor eterno entre pais e filha.
Tosta, grande botonista lisista, reúne neste documento o seu passo a passo do aprendizado aos pódios, após uma vivência de mais de 26 anos no futebol de mesa, reunindo uma história de grandes conquistas, vivências e aprendizados. Vale a leitura.
Texto de autoria desconhecida, que andou circulando pelas redes sociais, e que posto por achar uma história curiosa e interessante. Caso alguém saiba do seu autor, favor entrar em contato, para serem dados os devidos e merecidos créditos.
Jogou a noite toda!
Não parou para nada. Estava infernal. Acertava tudo!
Chegou em casa com as pernas dormentes. Caiu na cama como estava e sonhou com a noitada sem parar.
De manhã, não sabia precisar a hora, tentou se movimentar e não conseguiu. Achou que estava sonhando. Riu consigo mesmo e tentou de novo. Nada. Estava imóvel. Quem sabe virar de lado, pensou, mas não adiantou. Estava completamente imóvel. Imóvel e duro.
Não conseguia mover um músculo. Nunca tinha se sentido assim. Começou a se assustar. Tentou chamar alguém. Em vão. Não conseguia sequer olhar. Assustou-se. O que estaria ocorrendo?
Não sentia dor alguma, nem mal estar, apenas estava parado. Não sentia pernas e nem braços. Nada. Mas estava vivo! Sentia as próprias palpitações. Achava até que suava. Seria impressão?
De repente alguém entrou no quarto, mas estava um pouco escuro, não conseguia distinguir as feições. Tentou falar. Inútil. Conformado esperou os acontecimentos.
Subitamente foi levantado de onde estava e sentiu-se muito leve. Nenhuma vontade de reagir. Foi colocado em uma superfície plana, lisa e rígida, mas muito sua conhecida. Extensa, muita extensa.
Meus Deus! Será possível? Ele era um botão. Que loucura!
Uma vez tinha lido sobre alguém que também se transformara em alguma coisa durante a noite, mas não lembrava direito.
Imediatamente se deu conta de tudo. Era plano e liso em cima. Sentiu o deslizar da palheta, era mais que um carinho. Ela estava quase chegando na sua beirada. Ficou preparado. De repente partiu como um raio em direção a bolinha, mas bateu na borda da mesa, com força. Foi um delírio!
Não queria acordar mais. Estava muito bom assim. Como num passe de mágica não tinha mais compromisso algum na vida, a não ser acertar na bolinha. Ser titular. Seria lustrado, polido e guardado com carinho. Seria ainda parafinado... Ah! O frescor da parafina, que prazer!
Às vezes ficava de pernas para o ar, mas logo voltava a posição normal. Passava horas quieto, dentro da caixa, esperando uma oportunidade.
Angustias, desemprego, inflação, stress, obrigações com a família, tudo tinha ficado para trás. Nem lembrava o seu próprio nome. Parentes, o que eram parentes? Agora tinha nome de craque!
Tinha companheiros iguais ou parecidos, também silenciosos. Às vezes passavam por ele a mil por hora e se esborrachavam logo ali adiante, mas como ele, pareciam também indestrutíveis. Como ele, eram bem tratados e como ele, não se comunicavam entre si, estavam sempre quietos. “Estavam lá com os seus botões”.
A felicidade eterna. Nada de mal poderia mais acontecer, pensou. Ledo engano.
Mas o que seria aquilo? De repente estava sendo levado para uma sala estranha. Muitas máquinas, tornos, furadeiras, escavadeiras,...Seria desmanchado?, transformado em camadas?, transformado em ficha?, transformado em goleiro?, transformado em cavador?,...Em mãos de qual botonista tarado, louco, maníaco, esquizofrênico, ... teria caído?
Impossível prever a próxima metamorfose!
Este texto é de José Roberto Torero, e foi publicado originalmente no Caderno de Esportes da Folha de São Paulo de 10 de outubro de 1998 (Informações obtidas by "Pesquisa Google").
O homem mais rico do mundo decidiu saber qual era o esporte mais nobre do mundo. Para isso mandou chamar três sábios de três partes diferentes do mundo. Um da China, porque a China é o berço da sabedoria, outro da França é o berço da ciência, e outro dos Estados Unidos, que não são o berço de coisa nenhuma, mas ganham muitas medalhas nas Olimpíadas.
Logo que os três sábios chegaram à casa do homem mais rico do mundo, este lhes perguntou: - Senhores, quero que me digam qual o esporte mais nobre do mundo. Aquele que me convencer receberá um milhão de dólares.
Então o chinês disse: "Honorável senhor, em todos os esportes há nobreza, mas em nenhum outro há mais do que no xadrez. Ele é um jogo de estratégias e inteligências, onde mais conta o cérebro do que qualquer outra coisa. O xadrez é o esporte do intelecto". Depois, satisfeito com suas próprias palavras, sentou-se e tomou seu chá.
Então o francês falou: "Monsieur, nenhum esporte se compara à esgrima. Na esgrima, treinamos pontaria e rapidez, defesa e ataque, reflexos e precisão. É um esporte onde todo o corpo é necessário, e por isso é o esporte da habilidade física". Depois, satisfeito com satisfeito com suas palavras, sentou e tomou seu vinho.
Então o norte-americano rosnou: "Mister, o xadrez e a esgrima são okeis, mas o mais nobre dos esportes é o pôquer. Ele exige dissimulação e farsa, psicologia e trama. É um esporte que não se joga apenas com o corpo e o cérebro, mas também com a alma. É o esporte do controle emocional". Depois, satisfeito, sentou e tomou seu uísque.
O homem mais rico do mundo pediu então algum tempo para pensar sobre aqueles profundos arrazoamentos, e, como pensar dá fome, pediu uma pizza pelo telefone.
Quando o entregador chegou com as pizzas, o homem mais rico do mundo, só por brincadeira, resolveu lhe perguntar qual era o esporte mais nobre: o xadrez, a esgrima ou o pôquer. O entregador não se fez de rogado e disse: - Esses três esportes são importantes, mas o mais nobre de todos é o futebol de botão. Os três sábios caíram na gargalhada, mas o entregador permaneceu imperturbábel. - Vejam, o futebol de botão é uma síntese do conhecimento humano. Ele necessita de movimentos estratégicos como o xadrez, pede pontaria, reflexos e precisão como a esgrima, e precisa de autodomínio como o pôquer. O futebol de botão é o único esporte onde são necessários intelecto, habilidade física e controle emocional. Tudo ao mesmo tempo e em igual proporção.
Todos ficaram boquiabertos com tais idéias e as aplaudiram com entusiasmo. O entregador então fez uma partida com cada um dos presentes para celebrar a mais nobre das artes. Ele venceu de 8 x 0 o chinês, goleou o francês por 9 x 0 e deu de 10 x 0 no norte-americano. Mas, estranhamente, perdeu de 1 x 0 para o anfitrião, com um gol contra. Com isso, o homem mais rico do mundo ficou tão feliz que não deu apenas um milhão de dólares ao entregador, mas dez. E a moral dessa fábula esportiva, se é que há alguma, é que é bom ser sábio. Ainda melhor é ser esperto.
Origem: Texto criado pelo nosso associado Henrique Langlois utilizando IA via ChatGPT, procurando demonstrar a ansiedade de que é tomado aquele que compra um time on-line e fica na espera que o mesmo chegue pelos Correios. Bem interessante!
Há algo mágico e indescritivelmente emocionante na espera por algo especial, por um pacote recheado de surpresas e novidades. A sensação de espera, o coração acelerado, a ansiedade que parece correr pelas veias. É como se o tempo ganhasse uma nova dimensão, tornando-se mais lento, intenso, como se a realidade se concedesse em inscritos de sonhos e desejos.
Então, ao longe, vislumbra-se o uniforme característico do carteiro. Ele se aproxima, e a caixinha que carrega nas mãos parece conter um universo inteiro prestes a ser desvendado. O coração bate descompassado, e é como se a própria vida dependesse daquele instante. O carteiro, em sua simplicidade cotidiana, torna-se um emissário divino, trazendo consigo algo muito além de uma encomenda.
A caixinha chega, e o momento de desembrulhá-la é quase sagrado. Os dedos tateiam cuidadosamente cada detalhe, e a expectativa só cresce. Ao abrir o pacote, um êxtase percorreu o corpo, como uma verdadeira "ejaculação mental", um "orgasmo tântrico" do espírito. É como se todas as sensações e emoções se unissem em um instante sublime de conexão com o divino.
Os botões, que antes eram apenas imagens virtuais, ganham vida e revelam sua beleza real. É como se a imagem pálida da tela se transformasse em cores vivas e brilhantes, em formas que transbordam encanto e alegria. O "presente de Deus" é apreciado em cada detalhe, como se a criação de algo tão delicado e belo tivesse sido inspirada pelo próprio criador do universo.
A paixão por essa experiência única é reacendida a cada entrega. A ansiedade se torna amiga, e a espera se torna cúmplice. A cada notificação dos correios, a cada atualização de status, o coração se enche de alegria e se renova. "Seu pacote saiu para entrega" é o sinal de que o momento mágico está prestes a acontecer novamente.
Porém, há aqueles que preferem buscar seus tesouros diretamente no artesão, sem esperar pela visita divina do carteiro. Mas, ao fazer isso, privam-se da magia da espera, da emoção da entrega, do prazer de desvendar o mistério da caixinha. A pressão pode até ser tentada, mas é como "ter ejaculação precoce" diante do esplendor que espera quem se permite vivenciar a jornada completa.
A beleza dessa experiência reside na dança entre o desejo e a espera, entre a antecipação e a realização. É um ritual de encantamento, onde cada passo é tão importante quanto o resultado final. Receber pelo correio é permitir que a vida teça seus fios invisíveis, entrelaçando sonhos e realidade, criando um laço especial entre o destino e quem o recebe.
Assim, a cada caixinha que chega, o coração se abre para uma "nova paixão", um novo capítulo dessa história que se inicia como um presente constante. É uma jornada que importa tanto quanto o destino, pois é nela que a alma encontra a plenitude de viver a magia do "momento mágico" que só o carteiro pode trazer. Que essa espera seja eternamente vivida, pois é nela que se encontram os verdadeiros tesouros da vida.
Texto extraído do site Mundo Botonista e escrito por Erismar Gomes.
Confesso para vocês que uma coisa tem me incomodado, e muito, que são os comentários que o futebol de mesa não é esporte. Essa afirmação não é só um absurdo, é um desrespeito a todo um trabalho abnegado de vários botonistas do passado, que lutaram muito para que nosso esporte fosse reconhecido oficialmente, o que se deu nos idos de 1988. Recentemente, afirmei em um grupo de debates, que opinião cada um tem a sua, e que todos temos o direito a externar o que consideramos correto. Entretanto, emitir uma opinião na contramão de um fato é desdém. Serei mais sendo mais explícito ainda: "uma opinião não muda um fato". Não adianta dizer que um pedaço de madeira se trata, na realidade, de uma pepita de ouro, já que nada vai mudar o fato de que madeira jamais será ouro. Coloca-se- como opinião uma zombaria, uma zoeira, como diz a geração Z, com qual intuito? Vamos ser otimistas e achar que tal "opinião" é expressa como algum descontentamento com o esporte, ou seja, uma ironia. Entretanto, a ironia é muitas vezes encarada com uma infeliz provocação, um deboche a todos os praticantes que encaram o futebol de mesa como de fato, e repito, reconhecidamente o é.
Devemos levar em consideração que o futebol de mesa é praticado em todo território nacional e que existe uma entidade oficial que gerencia o esporte no Brasil: a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM). Os estados possuem suas federações que são filiadas à CBFM, federações essas que são fundadas por clubes de cada estado, e nelas existem inúmeros grandes clubes filiados, como exemplo podemos citar Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo, Fluminense - entre outros clubes cariocas - São Paulo, Corinthians e Palmeiras entre os clubes paulistas, Sport e Santa Cruz em Pernambuco, Londrina, Internacional e Avaí no Sul, e por aí vai. Em todos os estados há clubes de todos os tamanhos praticando o nosso esporte.
Tanto a CBFM como as federações estaduais são entidades devidamente legalizadas, com seus respectivos registros no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), com estatutos, taxas recolhidas aos órgãos governamentais competentes. Há competições regulares em cada um destes estados, tanto individuais como por equipes. Temos também competições regulares nacionais, competições internacionais, todas elas organizadas, inclusive como aferição via ranking para o atleta ter o direito a uma vaga em cada uma delas. Falando só da regra 12 Toques, o atleta tem disponível, no máximo até o mês de fevereiro, o calendário de toda temporada, com as competições que ele e seu clube poderão disputar.
Ora, como é possível, diante de tudo que acabei de expor, afirmar que futebol de mesa não é esporte? Muitos outros esportes amadores não possuem nossa organização. Com dizer a um clube que conquistou um campeonato nacional, ou até mesmo mundial, que a conquista não tem representatividade pois o futebol de mesa não é esporte? Como dizer o mesmo ao atleta campeão nacional Individual, com todas as viagens e dificuldades para se disputar um campeonato brasileiro ou uma copa do brasil? Enfim, meus amigos, nosso esporte merece mais respeito. Ele tem suas dificuldades e obstáculos a serem superados, mas também podemos nos orgulhar da trajetória que ele teve até aqui, pois já progrediu muito e, a meu ver, vai continuar trilhando esse mesmo caminho vitorioso por muitos e muitos anos.